Engajamento de empresas

A adoção de reflexões sobre o ecossistema pelo setor corporativo é um dos meios mais promissores para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ao mesmo tempo em que reduz os riscos e oferece novas oportunidades para empresas, investidores, financiadores e seguradoras.

Uma recente revisão da parceria do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a Landscapes for People, Food and Nature Initiative (Paisagens para Pessoas, Alimentos e Natureza, na tradução literal), identificou 365 programas em todo o mundo que estão utilizando uma abordagem integrada para a gestão de paisagens, incluindo muitos empreendimentos do setor privado.

O relatório ERISC Phase II: How food prices link environmental constraints to sovereign credit risk (Como os preços dos alimentos ligam as restrições ambientais ao risco de crédito, na tradução literal), publicado recentemente em inglês, incentiva governos, investidores, agências de classificação de risco de crédito e bancos a trabalharem juntos para investigar melhor as ligações entre os riscos ambientais e os impactos econômicos e sócio-políticos, e para melhor integrar essas informações nas avaliações de risco do país e nas decisões de investimento. O objetivo do projeto ERISC é identificar e quantificar o impacto dos riscos ambientais como desmatamento, mudança climática e escassez de água nas economias nacionais. Ao avaliar os impactos nos principais indicadores macroeconômicos, tais como PIB, saldos de conta corrente ou inflação, a pesquisa permite às instituições financeiras integrar os riscos ambientais em suas decisões de investimento.

Como o PNUMA faz isso?

O PNUMA trabalha com o setor privado para construir um contexto empresarial em prol de ecossistemas saudáveis e produtivos, por meio de:

  • Advocacy com o objetivo de convencer as empresas a calcular seus riscos relacionados aos impactos ambientais a fim de reduzir os custos (por exemplo, a escassez de água ou o desmatamento podem afetar os lucros de uma empresa);
  • Ferramentas práticas e capacitação para integrar fatores de capital natural em empréstimos, títulos e ações (por exemplo, a Ferramenta de Avaliação de Risco da Água para ações e a Ferramenta de Crédito de Risco da Água para títulos corporativos); e
  • Planejamento financeiro para a gestão integrada de ecossistemas em nível nacional (por exemplo, identificação de oportunidades de financiamento do setor privado para a gestão integrada de paisagens).