Os economistas-chefes do Sistema das Nações Unidas se reuniram para examinar cinco megatendências criadas pelos seres humanos que continuam a dominar e frustrar os esforços globais para colocar o mundo em um caminho mais sustentável e próspero. As tendências identificadas são mudanças climáticas e degradação da natureza, desigualdades, urbanização, rápidas mudanças populacionais e revolução tecnológica, que continuam a afetar os resultados econômicos, sociais e ambientais.
Publicado na véspera da 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o relatório da Rede de Economista da ONU convida a uma forma nova e holística de formular políticas nos próximos 75 anos. Defende uma maior cooperação em áreas aparentemente não relacionadas, como digitalização, planejamento urbano e produção de energia, que tradicionalmente são abordadas de forma isolada. O relatório, “Moldando as Tendências do Nosso Tempo”, conclui que cinco anos após a implementação da Agenda de Desenvolvimento Sustentável, o desenvolvimento não caminha como esperado, em muitos casos, pode até ter recuado pela crise da COVID-19.
De acordo com o relatório, sem uma revisão da atual formulação desarticulada de políticas, o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é altamente improvável. As políticas podem influenciar uma única megatendência, assim como outras megatendências que interagem com ela. Políticas como essas podem gerar mudanças mais efetivas, que se reforçam mutuamente, e impactos significativamente maiores nas diferentes macro tendências.
Se as escolhas certas forem feitas hoje, sem mais atraso, não será tarde demais para moldar as principais tendências do nosso tempo em uma direção sustentável e que traga benefícios para todas as pessoas. O relatório enfatiza que a cooperação internacional, e as Nações Unidas, têm um papel crucial no estruturamento das respostas às megatendências globais, incentivando o consenso político interno para uma ação sustentada. As Nações Unidas podem ajudar a mobilizar o apoio global necessário para países em específico, especialmente aqueles com menos recursos.
Sobre a Rede de Economistas da ONU
A Rede de Economistas da ONU (UNEN, da sigla em inglês) é uma rede global, liderada pelo secretário-geral adjunto de Economia e economista-chefe das Nações Unidas, Elliott Harris, para facilitar a colaboração e o trabalho conjunto entre as entidades do sistema das Nações Unidas em questões de interesse comum e relevância para a agenda de desenvolvimento sustentável. Além de fornecer uma rede de apoio em questões econômicas, financeiras e de política social aos Escritórios de Coordenadores Residentes e às equipes das Nações Unidas nos países.
