O mundo está aquecendo mais rápido do que em qualquer momento já registrado na história. A temperatura média global é agora 1,1°C mais alta do que no início do século passado. Se esse aquecimento continuar sem controle, poderá ter impactos humanitários, ecológicos e econômicos devastadores, causando escassez de alimentos, mega incêndios, elevação do nível do mar e eventos climáticos extremos.
A menos que as emissões globais de gases de efeito estufa caiam 7,6% a cada ano entre 2020 e 2030, o mundo perderá a oportunidade de alcançar a meta do Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura em 1,5°C.
Restaurar e proteger a natureza em terra e no oceano é uma das maiores estratégias para enfrentar a mudança climática. Florestas, áreas úmidas e outros ecossistemas atuam como amortecedores contra condições climáticas extremas, protegendo casas, colheitas, abastecimento de água e infraestrutura vital. Conservar e restaurar esses ecossistemas que alimentam a vida ajudará a manter a estabilidade mundial à medida que reconstruímos nossas sociedades e nossas economias após a pandemia da COVID-19.
O Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2020 constatou que uma recuperação verde após a pandemia poderia diminuir em até 25% as emissões de gases de efeito estufa previstas para 2030 e aproximar o mundo do cumprimento da meta de limitar o aumento da temperatura em 2°C, prevista no Acordo de Paris sobre Mudança Climática.
Padrões ambientais reforçados, políticas e leis que impedem futuras emissões são cruciais. Por exemplo, em 2020, 15 países africanos anunciaram novas regras rigorosas para emissões de veículos e eficiência de combustível. Os países também precisam acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis e investir em tecnologia de baixas emissões de carbono, energia renovável e infraestrutura de carbono zero.
Sempre que possível, medidas fiscais emergências para evitar uma recessão global devem se alinhar com os Objetivos Globais de Desenvolvimento Sustentável e o acordo de Paris sobre as Mudanças Climáticas.
