UNEP / Lisa Murray
03 Mar 2022 Reportagem Nature Action

Relembrar a história de 50 anos do PNUMA

UNEP / Lisa Murray

Em um dia frio de dezembro de 1972, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou o que é formalmente conhecido como a Resolução 2997 da ONU.

Seria o último passo para o estabelecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) — uma organização concebida para liderar um esforço global a fim de minimizar a pegada da humanidade no planeta.

Durante as cinco décadas seguintes, o PNUMA assumiria alguns dos problemas ambientais mais urgentes do mundo, desde a mudança climática até a perda de espécies e a poluição.

Com a reunião de lideranças em Nairóbi, Quênia, esta semana para celebrar o aniversário de 50 anos do PNUMA, apresentamos a seguir alguns dos marcos ambientais da história — todos impulsionados pela ciência e pelo multilateralismo.

A forest covered in fog
Foto: Unsplash/Marita Kavelashvili

Ao longo de cinco décadas, o PNUMA e parceiros têm apoiado o esforço global para proteger as florestas do mundo, muitas das quais estão sob a ameaça da agricultura, do garimpo e da extração ilegal de madeira. (A cada ano, uma floresta do tamanho de Portugal desaparece.) Mais de 100 lideranças mundiais recentemente prometeram dar fim ao desmatamento até 2030, garantindo quase 20 bilhões de dólares em financiamentos públicos e privados para apoiar esta causa.

Reportagem completa: Por dentro do esforço global para salvar as florestas do mundo

Planet Earth against the backdrop of space
Foto: Unsplash/NASA

Com um buraco de proporção continental se formando na camada de ozônio acima da Antártica, o PNUMA liderou um esforço global inédito para salvar a principal proteção do planeta contra o sol. Hoje, a camada de ozônio vem se recuperando lentamente, protegendo dois milhões de pessoas anualmente contra o câncer de pele. Espera-se que o buraco esteja completamente fechado até 2060.

Reportagem completa: Como o mundo se uniu para reconstruir a camada de ozônio

 

A profile shot of a tropical fish
Foto: Unsplash/David Clode

Com a poluição que ameaça o futuro dos oceanos, o PNUMA lançou o Programa Mares Regionais em 1974. Na época, foi um esforço sem precedentes para unir os países em uma causa ambiental comum — e que moldaria futuros tratados, como o acordo de Paris sobre a mudança climática. Hoje, 150 países fazem parte do programa, que contribui para prevenir a poluição, proteger os animais marinhos e mapear os efeitos da mudança climática nos oceanos.

Reportagem completa: Como o mundo está ajudando a preservar os mares e oceanos

 

View of a shelter forest fending off the encroaching desert in northwest Chinas Xinjiang Uygur Autonomous Region.
Foto: Reuters Connect

Como a mudança climática torna muitos lugares mais quentes e secos, os espaços verdes estão se tornando desertos. Cerca de 3,2 bilhões de pessoas são afetadas pela degradação da terra, muitas delas já pobres e marginalizadas. O PNUMA e seus parceiros passaram décadas trabalhando para revitalizar as terras férteis dominadas por areia, incluindo um ambicioso esforço para construir um “muro verde” em toda a África.

Reportagem completa: Do Chile à China: A batalha global contra a desertificação

The skyscrapers that make up Frankfurt’s skyline.
Foto: Shutterstock

O PNUMA uniu mais de 450 instituições financeiras em uma campanha global para financiar a transição para um mundo mais verde e mais sustentável. Só no último ano, os bancos participantes concederam empréstimos a 113 milhões de pessoas vulneráveis e assessoraram 15.000 empresas na adaptação às mudanças climáticas. O impulso, liderado pela Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP FI, na sigla em inglês), surge em um momento crucial: serão necessários 100 trilhões de dólares até 2050 para que a economia global possa se afastar dos combustíveis fósseis.

Reportagem completa: Saiba por que as instituições financeiras estão apostando na sustentabilidade

 

Three combines harvest crops
Foto: Unsplash/James Baltz

A maneira como o mundo produz alimentos tem um custo elevado para o planeta. Quase 70% da água que é usada pela humanidade é destinada à agricultura e o setor alimentício é responsável por um terço de todas as emissões de gases de efeito estufa. Apesar de todos esses recursos, o mundo está enfrentando uma dupla crise de fome e obesidade. Para ajudar a mudar isso, o PNUMA está atuando em todo o mundo para garantir que os sistemas alimentares sejam mais acessíveis no planeta e mais saudáveis para as pessoas.

Reportagem completa: Por que a luta global para combater o desperdício de alimentos só acabou de começar

 

People crossing a road
Foto: UNEP/Paul Quayle

Quando a gasolina com chumbo foi inventada na década de 1920, foi recebida como um combustível milagroso que iria alimentar uma nova geração de carros, aviões e motocicletas. O problema: era altamente toxica e levava câncer, doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais para onde quer que fosse. Mas graças a uma campanha de duas décadas liderada pelo PNUMA, o mundo eventualmente se libertaria de combustível com chumbo, salvando cerca de 1,2 milhões de vidas por ano.

Reportagem completa: Por dentro da campanha de 20 anos para livrar o mundo do combustível com chumbo